Héctor Pellizzi: “A obra-prima da literatura argentina é um poema de cordel”

Cultura

A revista Marim dos Caetés, do Instituto Histórico de Olinda, edição n° 8, em sua página 162 e baixo o título “A obra-prima da literatura argentina é um poema de cordel”, transcreve a conferência que proferiu o escritor e jornalista Héctor Pellizzi no dia 3 de abril de 2022 convidado pelo presidente do Instituto, George Cabral,  e Caesar Sobrerira, editor da mencionada revista.

“El gaucho Martín Fierro” é um poema épico publicado em 1872 por José Hernández e dividido em 33 cantos com 1.193 estrofes, na sua maioria, de seis versos. Mas também tem quartetos e décimas. Está escrito em espanhol, numa linguagem rude, mistura de arcaísmos e de palavras indígenas. Escrito sobre uma métrica octossilábica e composta por sextilhas, brotam do poema de Hernández elementos líricos e satíricos sob uma perfeita unidade entre a forma e o conteúdo, que sintetizam de forma magnífica a representação de um homem em uma época e lugar.

O tipo de sextilhas vem de uma larga tradição da poesia oral Ibérica. O esquema com rimas reiteradas é típico de composições  orais nascidas do canto improvisado.

O termo gaúcho vem do quéchua huachu, que significa sem pai, que era como se denominava aos homens da planície que trabalhavam nas fazendas cuidando do gado.

As cantorias na Argentina se conhecem como Payadas; ao cantador como payador, que é um improvisador; e a música que acompanha os versos se chama “milonga gauchesca” que tem um ritmo lento e nostálgico…

Quando ao Martín Fierro, a obra se divide em duas partes. A primeira parte relata as penúrias do gaúcho na fronteira e nas filas do exército, bem como sua vivências  com os índios.

Essa primeira parte foi publicada em 1872 e começou a ser escrita na casa da família Labarte, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, onde Hernádez vivia exilado. Já a segunda parte, publicada em 1879, relata a volta do gaúcho a sua terra natal.

.

A obra começa com estes versos:

 

Aqui me ponho a cantar

Ao compaso da viola,

Que o ser a quem desconsola

Uma dor extraordinária

Como a ave solitária

Cantando é que se consola.

 

Imploro a santos do céu

Que amparem meu pensamento

Peço que neste momento

Em que canto minha história

Me  refresquem a memória

E aclarem o entendimento.

 

Venham santos milagrosos

Cada um que me ajude

Mina língua se desgrude

E nada me turve a vista

Peço ao Senhor que me assista

Em ocasião tao rude.

 

Tradução: Leopoldo Collor Jobim.

Instituto Histórico de Olinda

COMPLETAMOS 20 ANOS
E não foi fácil

No dia 7 de agosto de 2025 completaremos 20 anos graças à colaboração dos amigos de “La Voz de los Barrios”, pequenas PME e sindicatos de trabalhadores organizados.

Hoje mais do que nunca precisamos da sua contribuição e que continue nos acompanhando em 2025.

PIX: 44003986415 – Héctor Omar Pellizzi

Hoje você pode contribuir para a resistência da mídia comunitária e popular.

R$ 5, R$ 10, R$ 20

 Qualquer dúvida, mande mensagem no Whatsapp, +558199565830

 

El primer número (Diseño de Romina Paesani)

 

 AMIGOS DE LA VOZ DE LOS BARRIOS

 

Eduardo de la parrilla Matheu

Gustavo Pirich combatiente de Malvinas

Club Bohemios

Ricardo Solé y Natalia Noguera

Juanito Cruz de «Que sea Rock»

Rosita Elías

Daniel Cano

Edgardo Barrionuevo

Alejandra Bosa

Andrés Russo

Gabriela y Marcelo Reichnshammer

Mauro Héctor Fernández

Reinaldo Echevarría

Lito Morano

@hogardespegateconjesus

Fabián Samudio

María Victoria y Waldemar Palavecino

Sandra y Lautaro

Coti y Romina Paesani

Karina Beltrán

José Benjamín Ragone

Ruben Mario Scorsetti

Raquel Márquez

Juana Villa 21/14

Amancai

Jorge Micheref

Club Catalinas Sur

Laura Vellaco

Mirta Fosco

Julieta Caggiano

Eduardo Kozanlián

Hotel DaDa

Francina Sierra

 

Oscar Farias

Horacio Bosa

.

Andrés Lablunda

Sonia Nuñez

Juan Perita Longhi

Armando Tisera

Mauricio Benítez

Susana Boguey

Carlos Dalprá

Rosana Morando

Miguel Saita

Ediciones de Las Tres Lagunas

Luis Chami

COLABORADORES DEL MOVIMIENTO OBRERO ORGANIZADO

Eduardo Donatelli,  Sindicato de Obreros y Empleados Aceiteros de Junín 

Abel Bueno – La Bancaria – Junín

Federico Melo – Sindicato Empleados de Comercio – Junín

Roxana Farias – S.U.P.P.A.J – Junín

Carlos Rodríguez -SMATA

Juan Speroni – Sindicato Argentino de Obreros Navales – CABA

Andrés Mansilla – SATSAID -Junín

Carlos Minucci: Asociación del Personal Superior de las Empresas de Energía Eléctrica – CABA

Gabriel Saudán . Sindicato Municipales – Junín

Joaquin Peralta UOM -Junín

Silvia Velazco SUTEBA – Junín

Anibal Torreta: Sindicato Único de Trabajadores del Estado de la Ciudad de Buenos Aires

Héctor Azil – ATSA- Junín

José García – Unión Ferroviaria Junín

Héctor Amichetti -Federación Gráfica Bonaerense

COMPARTIR:
Héctor Pellizzi: “A obra-prima da literatura argentina é um poema de cordel”
Miró da Muribeca en castellano
Seguir Leyendo :
Cultura
Más Leídas