«Um rito de passagem, um reencontro com o Rio. Miró se transformou em vento e mergulhou no Capibaribe. Seguem os instantes de saudade e esse grande alegrismo de ter vivido nesse mesmo espaço -tempo dele.

Às quatro e um da tarde, no Recife, como dizia no seu poema, soltamos suas cinzas e seguimos felizes, todas e todos, imersos de amor», manifestou Cida Pedrosa, que acompanhou a Miró até os últimos de seus dias e, junto a Wilson Freire, entre outros companheiros, brindaram amor e contenção.

Cida e Wilson no momento do abraço do capibaribe 

O poeta Miró da Muribeca, faleceu em 31 de julho de 2022, e ganhou uma estátua na Avenida Rio Branco, no Bairro do Recife, a instância da escritora, poeta e vereadora Cida Pedrosa – PC do B-  (Lei ordinária 273/2022 )

A homenagem é assinada pelo artista Demetrio Albuquerque, e passa a fazer parte do Circuito da Poesia, que já conta com outras 20 estátuas de personalidades da música e da literatura espalhadas pela capital pernambucana.

Do livro «Miró até agora»

el amor cuando arde

arde bien adentro

risas y lágrimas se confunden

el amor cuando invade

deja colores alegres

y tristes paisajes

deja roja la piel

y pálida la nostalgia

(Traducción Héctor Pellizzi)

Miró, natural da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, levou a poesia urbana de Pernambuco para o mundo. Ele publicou 15 livros e tem obras traduzidas para o espanhol e o francês. Miró faleceu aos 61 anos no Recife.

Héctor Pellizzi e Miró no espaço cultural Mamolengo