UMA BANDA DO MOXOTÓ NO CORAÇÃO DE SÃO PAULO
-40 anos do Compacto dos filhos de Luiz Pintor-
(Por Josessandro Andrade )
Em 1985, há exatos 40 anos, era lançado em São Paulo-SP, o disco compacto em vinil “Caboclo forte”, do Grupo Moxotó. Formado por quatro irmãos negros, nordestinos, sertanejos, naturais de Sertânia, Sertão do Moxotó-Ipanema. Lailton Araujo, Luizinho Salvador, Natércio Araujo, Wanderley Araujo e Emiliano.

O quinto irmão Lailson Santos, só iria se incorporar ao grupo, anos mais tarde. Na época, a banda vinha acumulando premiações em festivais e apresentações em diversos projetos musicais. Em Julho daquele ano, abriu um show do mitológico João do Vale, no projeto Circo Amarelo, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo-SP.
O grupo fundado já na capital paulista, no ano de 1981, aos poucos foi reunindo os filhos de Luiz Pintor, velho mestre do Carnaval de Sertânia, de cuja casa saia o Zé Pereira no sábado de Carnaval, era também o líder da Escola de Samba da Pitu e do Pau e corda Moxotó. Morava na Rua Velha e depois veio morar na Ladeira de Francisquinho, onde passamos ter contato e eu a frequentar a casa deles.

Era um céu de artes, quadros nas paredes com pinturas , letras de músicas e poemas dos filhos. Quando eles vinham de São Paulo em férias, era farra de música, poesia e birita todo dia. Isso numa rua, que já tinha a Casa de Francisquinho, o antológico maestro compositor Francisquinho, com sua indefinível Orquestra Marajoara. Lembro de Seu Luiz vendendo o compacto a torto e a direito, Padre Christiano Franciscus Marrie Jacobs,(Sempre ele), divulgando nas missas e no serviço de som da igreja, inclusive pedindo prá o povo comprar. E o Povo de Sertânia abraçou e prestigiou o trabalho.

Naqueles anos, gravar disco era uma verdadeira epopeia. Por aqui , só Francisquinho havia conseguido, assim mesmo como autor de frevos de rua, gravados por inúmeras orquestras do país. Driblar as limitações materiais e o bloqueio das grandes gravadoras multinacionais era um constante desafio.” Moxotó” o nome do rio ( e do vale sertanejo) que nasce na cidade natal de seus integrantes, Sertânia, viveu este parto difícil até o primeiro disco, como atesta reportagem da “Tribuna Operária”, jornal de esquerda da época, creio que do PC do B –Partido Comunista do Brasil. Os meninos de Luiz Pintor juntaram o dinheiro das premiações em festivais e dos cachês, e gravaram o compacto em vinil , com 4 ( Quatro ) músicas. Como o velho PC do B, o Moxotó bebia nas fontes libertárias e visionárias da rebeldia política e da denúncia social, se engajando na frente ampla pela Campanha das Diretas, tendo feito vários shows nestes movimentos e comícios, bem como em sindicatos, movimentos universitários e convivido de perto com lideres deste momento histórico como Mário Covas, Franco Montoro, Luiz Inácio Lula da Silva, Orestes Quércia, Almino Afonso, entre outros. Até Fidel Castro assistiu show do Grupo Moxotó. Eram os tempos de Mário Covas na Prefeitura da capital e , vejam só , Gianfresco Guarnieli como Secretário Municipal de Cultura, que revolucionava a periferia paulistana com projetos culturas.

Daí por diante , o Grupo Moxotó, posteriomente Banda Moxotó passa a se apresentar em quase todos os programas das mais diversas redes de TVs brasileiras. Mas, isto é assunto para outra conversa nossa, mais tarde, se Deus quiser. Por hora, vamos focar nesta primeira “bolachinha preta” dos meninos sertanienses, como se chamava os pequenos discos de vivil, por aqueles anos.
“Caboclo forte”, a faixa título do disco, é uma composição que celebra a resiliência e a espiritualidade do homem do sertão. De autoria de Luizinho Salvador e Wanderley Araujo, a música foi 2º Lugar no Festival do Sindicato dos Metroviários de São Paulo-SP.

Rio Moxotó
«O sertanejo é, antes de tudo, um forte» é uma citação famosa do livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, que descreve a resiliência e a resistência do habitante do sertão nordestino, que, apesar das condições adversas do clima árido, possui uma força incomum para superar a luta diária pela vida, sendo um símbolo de superação e trabalho árduo no Brasil. Em Vidas Secas, Graciliano Ramos retrata o sertão e o sertanejo não com a exaltação heroica, mas focando na aridez, na desumanização e na luta pela sobrevivência. Estas duas obras da literatura nordestina, que tem o sertão como temática, tem uma relação intertextual com “Caboclo Forte”. Tanto Euclides, que era um escritor fluminense , nascido em Cantagalo, no Rio de Janeiro, quanto Graciliano, que era Alagoano, mas passou boa parte de sua infância em Buique, vizinha a Sertânia , da Banda Moxotó, ambas no Sertão do Moxotó-Ipanema, parecem ter sido fonte de pesquisa e inspiração para os autores de” Caboclo Forte”.
A canção abre com um pedido poético: «Eu queria que chovesse / Três noites sem parar». Este trecho reflete a relação íntima do «caboclo» com a terra e o clima, onde a chuva não é apenas um fenômeno meteorológico, mas uma bênção essencial para a vida no sertão. O termo «caboclo» carrega um significado de força e ancestralidade. Na música, ele é retratado como um ser «forte», não apenas fisicamente para o trabalho na roça, mas espiritualmente, mantendo a fé e o otimismo mesmo diante das adversidades do semiárido. Expressando o drama da seca, a perda dos rebanhos, e em consequência , a fome, a mortalidade infantil e o apelo dramático as autoridades do governo da nação por “Compaixão, “diante do quadro de sofrimento dos sertanejos. Mesmo assim, a voz que fala na cantiga diz que de lá, não sai não. Isso há mais de 40 anos atrás, numa época que não havia Bolsa Família, e os programas de emergência aos flagelados das estiagens do nordeste, eram os únicos recursos que a região recebia, verdadeiras migalhas para evitar saques ao comércio, que eram tão comuns, mesmo na ditadura militar, porque Quem tem fome tem pressa» como imortalizou o sociólogo Herbert de Sousa.
Em termos de aspectos musicais a faixa, que dá título ao compacto segue a linha do forró e do xote, ritmos marcados pela sanfona, triângulo e zabumba, que ditam a cadência típica das festas populares do Nordeste, mesoregião da qual seus componentes se originam. Chama a atenção a presença de elementos onomatopaicos: O refrão utiliza expressões como «Para, pará, paruê / Para, pará, paruá», que trazem uma musicalidade lúdica e rítmica, comum em cantos tradicionais e manifestações culturais regionais.
A música «A Rainha dos Conflitos«, composta por Lailton Araújo e Natércio Araújo e interpretada pela Banda Moxotó, é uma composição que mescla reflexão existencial com elementos cósmicos e regionais. A análise da letra revela três eixos centrais : a Sabedoria e Alteridade: A canção inicia destacando o valor da amizade e do conselho em momentos de crise :
«É sempre verdade a palavra de um amigo / quando ouvimos num instante de aflição»
Também possui uma Visão Antropológica e Espiritual, pois utiliza uma profecia para descrever a evolução e a finitude humana. O homem é definido como o «animal dos animais», cuja trajetória se torna uma «odisseia dos imortais» após o fim da matéria:
«…Quando a chama devorar nossa matéria, Será eterna a odisseia dos imortais…”
Outro aspecto da letra que podemos observar é a Conexão Cósmica: Há uma forte presença de elementos da astronomia e da natureza, citando os planetas do sistema solar (Vênus, Urano, Marte…) e o ciclo natural (rios correndo para o mar), sugerindo que os conflitos humanos estão inseridos em uma ordem universal maior.
“….Vênus, Urano ,mercúrio e saturno. Marte, Neturno ,Júpiter e Plutão.
A estrela brilha no círculo . Aplausos, o sol vem surgindo…”
A sonoridade do Grupo, hoje Banda Moxotó, é caracterizada pela fusão do forró pé de serra tradicional com influências urbanas e modernas, como o reggae, e o pop, o que se reflete na poética abstrata de «A Rainha dos Conflitos”.
«A Rainha dos Conflitos», do Compacto Duplo – Grupo Moxotó, foi relançada como faixa do LP – Sonhos Secretos – Gravadora ORG.Music – Los Angeles – EUA, quase 40 anos após o lançamento original, e com o mesmo fonograma – apenas remasterizada. o desenho animado os cinco personagens qua aparecem na parte inferior da capa, são: Luizinho Salvador (bateria), Natércio Araújo (timba), Emiliano (reco-reco), Lailton Araújo (violão) e Wanderley Araújo (cavaquinho). A capa deste LP (distribuído para quase 200 selos online) foi criada por um artista de Pernambuco. A coletânea de vinil (LP) lançada em 2023 pela Org Music, que reúne raridades da música brasileira independente dos anos 80, incluindo gêneros como MPB, jazz, soul e folk, com artistas como Grupo Moxotó, Quintais, Jorge Bahiense, Ricardo Luiz, Luis Sérgio Cruz, Moacyr Luz, Carlos Souto, e Marcello Lessa.
“Tá Lá na Roça» é uma canção da Banda Moxotó que exalta a vida no campo, a simplicidade, a cultura nordestina e a conexão com a natureza. Premiada em 3º lugar do Festival Universitário das Faculdades da zona Leste paulistana, que hoje pertence a um grande grupo educacional, a UNISSUL, a música é caracterizada por um ritmo dançante, típico do forró Nordestino. Tem como temática Exaltação do Campo: A música foca na vida rural («roça»), valorizando os elementos naturais e o cotidiano simples. Possui Ligação com a Natureza, inclusive menciona elementos como «cana caiana», «folha verde», «ave de pena», «mata virgem» e «rio d’água». Destaca a Sabedoria Popular , uma vez que evoca a «força simples da cabeça inteligente», valorizando o saber prático e a inteligência do homem e da mulher do campo. Tem a característica de Cenário Nordestino: A referência à «morena» e elementos naturais tipicamente nordestinos, como o «garapa doce», reforça a identidade regional da música.
Analisando a letra observamos que»Tá lá na roça, morena / Tá lá na roça»: O refrão repetitivo cria um ambiente de celebração e reforça o local de destaque da música «Cana caiana, morena / Garapa doce»: Faz alusão a produtos típicos da agricultura e ao sabor da vida no campo. «O olho d’água que veste / Lavando os seixos»: Descreve a beleza e a importância da água na natureza.
O estilo musical de “Ta lá na roça, de Laílton Araujo e Emiliano, é um passeio por Gêneros e ritmos nordestinos.: Forró, xote, galope, arrasta-pé, coco rural . Atmosfera da música é leve, com um ritmo que convida à dança, comum em festas juninas e eventos de forró. Em resumo, «Tá Lá na Roça» é um hino à simplicidade e à cultura nordestina, valorizando a sabedoria do campo e sua conexão com a natureza, embalado por um ritmo contagiante de forró.
Já a música «Um Urso no País das Travessuras», interpretada pela Banda Moxotó e composta por Lailton Araújo em parceria com seu irmão Luizinho Salvador no inicio dos anos 80, é uma obra emblemática do contexto político brasileiro da época. A música chegou a vencer o Festival de Música do Centro Cultural de São Paulo.
A canção representa uma sátira ao famoso Livro “Alice no País das maravilhas”. Na letra se faz referência a “foice” e a figura do lenhador, brincando com pregação anticomunista , que via o comunismo chegando no Brasil, como fosse o bicho-papão e a figura do “urso ‘ que naquela aparecia como símbolo russo, e era o mascote das olimpíadas na antiga união soviética. A sátira também ironiza o a robusta tese de Delfim Neto e o fracasso do milagre econômico da ditadura militar, que pregava maravilhas no “crescer para depois distribuir ‘, que redundou em recessão e mais desigualdade social.
Vale Salientar o Contexto de Produção desta obra , no inicio dos anos 80, a música reflete o clima de transição e a resistência cultural que se intensificava no final do período de exceção. A Banda Moxotó, conhecida por sua fusão de ritmos nordestinos com MPB, utiliza uma melodia que contrasta com a seriedade do tema, comum em músicas de protesto que precisavam burlar a censura. Desta forma, «Um Urso no País das Travessuras» é um registro histórico da resistência artística, usando o lúdico para criticar a repressão e o autoritarismo do regime ditatorial dos militares. Depois vieram outras músicas, outros palcos, outros discos, outras histórias.
Desta forma, podemos concluir que “Caboclo forte” é um disco, que anuncia a primavera litero-musical que a Banda Moxotó significou e significa para a musicalidade brasileira e para a música sertaniense. No programa “Casa dos Poetas”, pela Rádio Sertãnia FM, podemos abordar um pouco do que este disco representa na trajetória da Moxotó e conversar ao vivo, com o Lailton Araujo, líder da banda até hoje.
Em 2025 , 40 anos depois do primeiro disco, Caminhando para os seus 50 anos, a Moxotó é um patrimônio da cultura brasileira nordestina, cuja riqueza artística tem de ser mais difundida de maneira geral, quer seja para os sertanienses das mais diversas gerações, quer seja para o mundo.E também pesquisada, estudada, debatida. Quem quiser pode acessar o youtube e conhecer melhor o trabalho des te grupo sertaniense fantástico. É preciso reagir a este colonialismo cultural, de se valorizar apenas o que vem de fora, e aqueles que se considera celebridades. Temos verdadeiras relíquias que precisam de oportunidades para serem conhecidas e mais reconhecidas.
E Nós, vamos continuar fazendo nossa parte, na Casa dos poetas, nossa tribuna e nossa trincheira de guerrilha cultural em favor das nossas raízes e novidades, sobretudo as de qualidade, e com o DNA de Sertânia e do Sertão do Moxotó-Ipanema.

Josessandro Andrade é um Artista da Palavra, atuando como poeta, compositor, autor teatral, cineasta, cordelista, educador e comunicador.

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