A estrangeirização de terras em Argentina: um problema de soberanía

Ecología

A estrangeirização de terras em Argentina: um problema premente de soberanía

Por Julieta Caggiano e Matías Oberlin. 

Com a posse dos novos deputados e senadores, e aproveitando o momento político de ofensiva, o governo anunciou o envio de projetos-chave, entre eles, a revogação definitiva da Lei de Proteção ao Domínio Nacional sobre a propriedade, posse ou detenção das terras rurais, mais conhecida como Lei de Terras (nº 26.737) de 2011. Para dimensionar o que está em jogo, é necessário revisar o contexto em que esta lei foi sancionada.

Julieta Caggiano: Licenciada e Professora em Sociologia. Docente. Bolsista de doutorado do CONICET. Investiga o Conselho Agrário Nacional

Um ponto de inflexão no processo contemporâneo de estrangeirização de terras ocorreu no final dos anos noventa. Em 1996, o governo de Carlos Menem criou a Secretaria de Segurança Interior (SSI), que assumiu funções que pertenciam à Superintendência Nacional de Fronteiras.

Em seus primeiros anos, a SSI autorizou a venda de mais de 8 milhões de hectares em zonas de segurança fronteiriça, áreas historicamente protegidas pelo decreto 15.385 de 1944, que estabelecia sua venda exclusivamente a cidadãos argentinos. Essa normativa, apesar de continuar em vigor, foi amplamente violada na década de noventa com vendas irregulares e triangulações.

Matías Oberlin: Historiador, Mestre em Estudos Culturais e bolsista de doutorado do CONICET. Docente. Pesquise as reformas agrárias na América Latina.

Dois dos casos mais emblemáticos são o do Lago Escondido em Río Negro – adquirido pelo magnata britânico Joe Lewis – e o das terras patagônicas compradas por Luciano Benetton, de nacionalidade italiana.

Nos anos 2000, com o boom internacional dos preços dos alimentos, o valor da terra disparou e a desvalorização facilitou a compra por estrangeiros de terras férteis e estratégicas. Nesse cenário, em 2011 foi sancionada a Lei de Terras, que fixou um limite de estrangeirização de terras de 15% da superfície a nível provincial e departamental, e fortaleceu os mecanismos de controle para evitar triangulações sem supervisão estatal.


Em 2016, durante a gestão de Mauricio Macri, o Decreto 820/2016 modificou a aplicação da Lei de Terras. O decreto flexibilizou os procedimentos, habilitou a possibilidade de informar alterações societárias após realizadas, reduziu os requisitos para compras e introduziu critérios mais amplos para definir quem era considerado estrangeiro. Na prática, essas mudanças facilitaram operações que antes estavam sujeitas a controle e, fundamentalmente, modificaram a forma de medir a estrangeirização em casos de sociedades, sucessões, condomínios ou participações indiretas.

Como consequência, entre o primeiro levantamento oficial de 2015 e o de 2022, observa-se uma queda nos percentuais de terras em mãos estrangeiras que não reflete uma redução real, mas sim o impacto desta nova metodologia. Em 2023, com a chegada ao poder de La Libertad Avanza, o DNU 70/2023 revogou a Lei de Terras através de seu artigo 154. No entanto, em janeiro de 2024, o Centro de Ex-Combatentes das Ilhas Malvinas de La Plata (CECIM) apresentou um recurso de amparo que conseguiu frear provisoriamente a revogação na justiça, evitando que a situação mudasse substancialmente nos meses seguintes.

Quanto, onde e quem: a foto atual do avanço estrangeiro na terra

O governo nacional afirma em seu site que nenhuma província excede o limite de 15%. Então, por que se esforçam tanto para revogar a lei?
A nível nacional, cerca de 5% do território argentino está em mãos estrangeiras. Na superfície, isso supera treze milhões de hectares: o equivalente à extensão da Inglaterra.

 

Mas o dado nacional, embora impactante, não é o mais relevante. A verdadeira dimensão do fenômeno aparece quando diminuímos a escala e olhamos por departamento, ou quando cruzamos a informação com a localização de cursos de água, aquíferos ou zonas com potencial mineiro.

Mapa extraído de: www.argentina.gob.ar/justicia/tierrasrurales/datos/extranjerizacion-provincia

Existem 36 departamentos que já excedem o limite estabelecido por lei.  E há quatro casos – Lácar (Neuquén), General Lamadrid (La Rioja) e Molinos e San Carlos (Salta) – onde a estrangeirização supera 50%.

 

Todos eles concentram bens estratégicos como água doce ou recursos minerais. Por sua vez, Iguazú (Misiones), Ituzaingó e Berón de Astrada (Corrientes), e Campana (Buenos Aires) — todas localidades sobre a principal via fluvial navegável do país, o rio Paraná — superam amplamente os 30%.

O padrão é claro: as situações mais críticas ocorrem em zonas fronteiriças — tanto no norte quanto na cordilheira — e em territórios com recursos hídricos, minerais ou vantagens logísticas, como portos.

Para colaborar con LA VOZ DE LOS BARRIOS enviar a la clave: JUNIN.53 

Héctor Pellizzi

PIX 44003986415

 

El primer número del 7 de agosto de 2005 (Diseño de Romina Paesani)

AMIGOS DE LA VOZ DE LOS BARRIOS

Flavio Magalhães es pernambucano de Sertânia en el noroeste brasileño. Bachiller en letras, graduado en lengua inglesa y maestro de educación, “Pedazos de Vida” es su cuarto libro literario

 

Josessandro Andrade Poliartista, poeta, compositor, cordelista, teatrólogo y guionista de documentales, venció el premio nacional Viva la Literatura de los ministerios de Cultura y Educación en 2009.

Luis Alberto Rubial es coaching organizacional, co Director del Instituto Superior Empresarials

 

Nico Scarli -Estilista-

Carlos Alberto Rodrigues-  Empresario –

Eduardo Martins – Poeta e ensaísta, professor de literatura da UFRO – Universidade Federal de Rondônia. Mestre em Teoria da Literatura pela UNESP – Universidade Estadual de São Paulo.

Edgardo Anibal Cava – Empresario –

Dalva – Mamá de Raví –

Edú de la parrilla Matheu en el barrio de la Boca Argentina

Gustavo Pirich combatiente de Malvinas

Club Bohemios

Ricardo Solé y Natalia Noguera – Militantes sociales en Barracas, Buenos aires- Ricardo fue combatiente en Malvinas y Natalia lidera la Asc. Mujeres de mi Pueblo

Juanito Cruz – Músico de «Que sea Rock»

Rosita Elías –Concejala con mandato cumplido-

Daniel Cano – Profesor – Dirigente Sindical-

Edgardo Barrionuevo – Poeta-

Alejandra Bosa – Actriz-

Andrés Russo – Pofesor- Intelectual- 

Gabriela y Marcelo Reichnshammer- Pastores  comprometidos con la acción social

Mauro Héctor Fernández – Poeta-

Reinaldo Echevarría – Militante popular –

Lito Morano – Escritor – Poeta- Psicólogo

@hogardespegateconjesus

Fabián Samudio – Comerciante -hincha de River Plate

María Victoria y Waldemar Palavecino 

Sandra y Lautaro

Coti y Romina Paesani – Profesoras de teatro – Actrices

Karina Beltrán – Artista Plástica –

José Benjamín Ragone

Ruben Mario Scorsetti – Martllero Público – Dirigente

Raquel Márquez – Dirigente de la Confederación de jubilados-

Juana –Dirigente en la  Villa 21/14

Amancai – Actriz-

Jorge Micheref – Cantor-

Club Catalinas Sur

Laura Vellaco – Música-

Mirta Fosco

Julieta Caggiano – Investigadora –

Eduardo Kozanlián – Dirigente y militante de la causa Armenia

Hotel DaDa

Francina Sierra – Dirigente sincal y Concejala.

 

Oscar Farias – Lonko de la comunidad nahuel Payún – Dirigente político-

Horacio Bosa – Martillero público-

.

Andrés La Blunda- Legislador por Buenos Aires (CABA)

Sonia Nuñez – Dirigente del espacio Patricios al Fondo-en CABA

Juan Perita Longhi – Dirigente Sindical –

Armando Tisera – Presidente del club Bohemios de La Boca

Mauricio Benítez -Referente del espacio Patricios al Fondo-en CABA

Susana Boguey – Escritora – Dirigente sindical- 

Carlos Dalprá – Dirigente Sindical (Bancaria)

Rosana Morando Dirigente política – Concejera Escolar –

Miguel Saita – Fundador de la multipartidaria de jubilados en Junin (B)

Ediciones de Las Tres Lagunas

Luis Chami

Dirigente político

COLABORADORES DEL MOVIMIENTO OBRERO ORGANIZADO

Eduardo Donatelli,  Sindicato de Obreros y Empleados Aceiteros de Junín 

Abel Bueno – La Bancaria – Junín

Federico Melo – Sindicato Empleados de Comercio – Junín

Roxana Farias – S.U.P.P.A.J – Junín

Carlos Rodríguez -SMATA

Juan Speroni – Sindicato Argentino de Obreros Navales – CABA

Andrés Mansilla – SATSAID -Junín

Carlos Minucci: Asociación del Personal Superior de las Empresas de Energía Eléctrica – CABA

Gabriel Saudán . Sindicato Municipales – Junín

Joaquin Peralta UOM -Junín

Silvia Velazco SUTEBA – Junín

Anibal Torreta: Sindicato Único de Trabajadores del Estado de la Ciudad de Buenos Aires

Héctor Azil – ATSA- Junín

José García – Unión Ferroviaria Junín

Héctor Amichetti -Federación Gráfica Bonaerense

COMPARTIR:
A estrangeirização de terras em Argentina: um problema de soberanía
La extranjerización de tierras: un acuciante problema de soberanía
Seguir Leyendo :
Ecología
Más Leídas
keyboard_arrow_up