Escrito por
Xico Sá[email protected]
Na sua capa de agosto, a Piauí estampou uma série de grandes traidores. Da pátria de cada um ou da humanidade. Estão lá o Judas Iscariotes, traidor de Jesus Cristo; o marechal Pétain, colaborador dos nazistas na França, e brasileiros como Domingos Calabar, Silveiro dos Reis, Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo), por causa da defesa e do entusiasmo em usar o bonezinho trumpista do movimento MAGA.
Calabar
A obra de arte moderna da revista me faz voltar ao tema dos traidores e outros personagens falsos à bandeira. Sou obrigado a me repetir nessa crônica diante do momento surreal que vivemos. A maneira como Eduardo Bolsonaro tem prejudicado o Brasil não tem precedentes na história do Brasil.
Assim que o Trump determinou o tarifaço contra o povo brasileiro, o filho do ex-presidente festejou nos arredores da Casa Branca e passou na cara de todos nós, em vídeos e entrevistas, manifestos da mais pura falta de consideração e arrogância.
Lembrei logo dos velhos livros escolares. Nessa memória, dou de cara com a figura de Joaquim Silvério dos Reis, o delator da Inconfidência Mineira, responsável, em 1789, pelo enforcamento de Tiradentes.
Silvério dos Reis, no entanto, tem o atenuante de não ser do nosso país. Nascido em Leiria, Portugal, nunca saiu por aí pagando de patriota do naipe “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
Cai na tentação de buscar outro traidor das antigas, o senhor de engenho Domingos Fernandes Calabar, que se bandeou para a tropa holandesa na guerra contra brasileiros e portugueses, em 1632. Este sim, brasileiríssimo de Porto Calvo, Alagoas, terra na época pertencente a Pernambuco.
Mesmo com assento cativo no panteão dos grandes traidores da pátria, Calabar não teria, na comparação dos canalhas, a mesma baixeza do filho de Bolsonaro, cuja missão é tão-somente salvar a pele do pai com uma anistia chantagista que envolve toda parte significativa da economia do país.
O senhor de engenho conta ainda com o benefício da dúvida e alguns álibis literários, como vemos na peça “Calabar, o elogio da traição”, de Chico Buarque e Ruy Guerra. O texto, censurado em 1973 pela Ditadura, questiona noções de heróis e renegados.
No episódio do clã Bolsonaro, é tudo muito explícito e tacanho. Brinca-se com a economia por uma birra familiar. Vale tudo para tirar o pai da forca, digo, de uma provável cadeia. Vale a PEC da Bandidagem ao projeto de lei da dosimetria.
Desculpa, coronel Silvério dos Reis; perdão, seu Calabar, pelas precoces comparações no calor da história. O que a extrema-direita brasileira armou com Donald Trump não tem precedente no repertório brasileiro.
Repare que o deputado (eleito festivamente pelos paulistas) usa a mesma retórica de um sequestrador em um vídeo publicado sob a euforia da tarifa trumpista de 50%. Ele usa como refém a economia de um país inteiro — para exigir a “anistia” para a figura paterna.
Que Deus proteja o Brasil desse cardume de traíras!

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